Algumas considerações sobre o estado dos portugueses...

A Dr. Isabel do Carmo, endocrinologista, investigadora e autora, deu recentemente uma entrevista, muito interessante, da qual retiramos os aspectos mais relevantes.

Uma das grandes preocupações da actualidade é a obesidade infantil que tem vindo a aumentar e que no futuro terá tendência a aumentar ainda mais.

A endocrinologista salienta os três erros alimentares que para ela contribuem para a obesidade, sendo eles o excesso de açucares simples, o excesso de gorduras e o petiscar contínuo. Refere ainda outro factor que permite explicar a obesidade que é a "seleção genética dos bons aproveitadores de calorias e energia". Essa seleção foi feita até há 50 anos porque havia escassez de alimentos, ora como actualmente há abundância o resultado será a obesidade. Por outro lado, outro factor é a abundância de alimentos hipercalóricos, mais baratos do que a comida nutricionalmente mais rica. Como consequência, podemos observar que os mais obesos são os mais pobres, evidenciando-se "uma grande desigualdade social ao nível da obesidade". Com a obesidade também vem a discriminação social que aumenta com o excesso de peso da pessoa.

Actualmente em Portugal, a pré-obesidade afecta mais os homens do que as mulheres e sob o ponto de vista da endocrinologista isto deve-se a um aumento de preocupação da parte da mulher sobre estes aspectos. A Dr. Isabel do Carmo salienta ainda que a popular "barriga de cerveja" nos homens é bem mais preocupante do que a gordura alojada nas ancas das mulheres que é inofensiva.

Ao longo desta entrevista a endocrinologista salienta a extrema importância do nutricionista para avaliar os hábitos alimentares e prescrever um regime alimentar adequado que vise sobretudo a perda de massa gorda; do médico, na avaliação de eventuais doenças cardiovasculares, hipertensão e finalmente o papel do psicólogo, uma vez que a análise da personalidade do doente e dos seus comportamentos é extremamente importante.

A acção conjunta destas três especialidades são a chave de sucesso para a resolução de problemas como a obesidade.

Distúrbios alimentares - Existirá uma solução?

O problema dos distúrbios alimentares tem vindo a ganhar cada vez mais atenção por parte da comunidade científica e da população em geral. Tem-se trabalhado sobretudo no diagonóstico e tratamento destas doenças e vários profissionais especializados em ciências sociais têm tentado desvendar as motivações que podem estar na sua origem.

No entanto, esta "guerra" parece mostrar-se mais dura do que se possa ter imaginado inicialmente. Cada vez mais pessoas padecem deste tipo de desiquilíbrio e têm surgido até novas doenças como a permarexia e a ortorexia.

A permarexia foi identificada já há alguns anos nos EUA e define-se como um tipo de distúrbio alimentar em que o doente se torna completamente obececado por dietas, sobretudo de emagrecimento, e entra num estado de dieta permanente, do qual advêm complicações óbvias para a saúde.

Quanto à ortorexia, esta pode ser definida como uma obcessão por ingerir apenas comida saudável, controlando tudo o que se ingere até ao detalhe: composição nutricional, origem do alimento, presença de químicos e aditivos, etc... Esta perturbação è mais comum entre vegetarianos e macrobióticos, por exemplo, e pode até contribuir para o isolamento social do doente.

O que poderá estar na origem de todos estes problemas? Porque é que só recentemente se começou a ouvir falar deles? Serão fruto da sociedade actual ou sempre existiram?

Cabe-nos a nós, como parte da comunidade e também como futuros nutricionistas reflectir sobre este tema e tentar compreendê-lo para podermos contribuir para a sua resolução, se é que tal é possível, e por isso agradecemos desde já os vossos comentários nesta questão.

Nutraceutica – O Poder de Cura dos Alimentos

As refeições do futuro não irão apenas nutrir nosso organismo. Cada alimento terá uma função específica na prevenção e tratamento de doenças que vão desde uma simples gripe até ao cancro. Isso porque um novo ramo da ciência , a NUTRACEUTICA , investiga os benefícios dos alimentos e o modo como eles actuam sobre as doenças que mais assolam a humanidade. O segredo está nos chamados compostos bioactivos, (Licopeno, flavonóides e outros) encontrados em algumas frutas, legumes, verduras, e alguns peixes, também no iogurte e leite fermentado, que revolucionaram conceitos e teorias sobre a nutrição humana.

"A alimentação adequada e exercícios leves podem reduzir em até 40% a incidência de casos de cancro no mundo", anuncia a nutricionista Jocelem Salgado, da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz, de Piracicaba-SP.

O principal desafio da NUTRACEUTICA, é estudar esses componentes, isolá-los e descobrir a quantidade ideal para prevenir ou tratar as doenças. Hoje sabe-se que uma boa alimentação é capaz de prevenir ou até mesma curar enfermidades, pois o nosso organismo fica mais forte e resistente para combater as bactérias causadoras das diversas doenças.

Comida saudável!!!

Todos nós sabemos que é difícil convencer uma criança para comer comida saudável. E a maior parte das vezes, a publicidade existente nos órgãos de comunicação apenas as atrai para uma alimentação tudo menos saudável.
Deixámo-vos agora um vídeo, que de forma divertida e cheia de estilo, atrai qualquer um a optar por uma comida mais saudável!
Vejam o vídeo e divirtam-se!!!

Sabia que...

1. "Meio quilo de músculos queimam 70 vezes mais calorias que meio quilo de gordura, de modo que , para perder peso , é essencial manter e criar músculos." Diz William J.Evans, diretor do Centro de Pesquisa Fisiológica da Pensilvânia.

2. O consumo de apenas 100 calorias extras por dia, por exemplo , faz com que se ganhe meio quilo em aproximadamente um mês.

3. PARA REFLETIR …
"PENSAR QUE É FAZ REALMENTE SER."(Martin Claret )"
"PENSE QUE É MAGRO E SERÁ MAGRO." (Durval.)

Será que o Popeye tinha razão?

Todos nós, ou pelo menos a maioria, quando se lembra do Popeye pensa logo em espinafres. Então porque será que ele estava sempre a comê-los? Seria só pela força com que ficava depois de os comer? Na realidade, este legume de origem persa, tem muitas outras qualidades benéficas para a nossa saúde.

O espinafre é um remineralizante, purificador do sangue, favorece as secreções biliares e expulsa os detritos intestinais devido à sua riqueza em fibras. Por outro lado, para alguns investigadores ele é considerado como um anticancerígeno devido ao magnésio.
Este legume também é benéfico em situações de carência de vitamina B12, hemorragias, falta de apetite, obstipação entre outras.

Sabia que os árabes lhe chamavam “príncipe dos legumes”? É um alimento com muitas virtudes para a nossa saúde, desde que seja consumido bem fresco ou logo após a sua confecção. Isto deve-se à produção de nitritos que o podem tornar tóxico se for reaquecido, também só deve ser lavado no momento da utilização, as folhas não devem permanecer muito tempo em água mas são as únicas condições para que os espinafres mantenham as suas boas qualidades.

Porque não vai agora preparar uma boa saladinha com folhinhas bem tenrinhas do apetitoso espinafre? Use a imaginação e seja saudável!!! Afinal o Popeye sempre tinha razão…!

'Cozinha ambulante'!!

Estava eu a navegar na net quando descobri uma coisa que me chamou a atenção: uma iniciativa muito interessante da Food Standards Agency, desenvolvida no âmbito de uma campanha sobre nutrição (The Focus on Food Campaign).
O Food Standards Agency Cooking Bus é literalmente um camião que percorre as escolas primárias e secundárias do Reino Unido com o objectivo de transmitir às crianças mensagens sobre alimentação saudável e tentar incutir nas crianças e nas pessoas responsáveis pela sua alimentação a importância da educação nutricional. Então, com uma autêntica 'cozinha ambulante' os dois professores que fazem parte do programa vão a escolas de todo o país para cozinhar com os alunos e dar aulas de boa alimentação.
Na nossa opinião é uma iniciativa bastante interessante e muito apelativa para as crianças que são um grupo que necessita de uma abordagem diferente e mais interactiva para a comunicação de conhecimentos sobre nutrição.
Só é pena não existirem em Portugal mais iniciativas deste género porque as nossas crianças bem que precisavam!

O porquê da obesidade mórbida?

Um estudo feito na Universidade do Minho, pela estudante Susana Silva, demonstrou que cerca de 88% dos obesos submetidos ao estudo tiveram experiências adversas na sua infância. Dentro destas experiências adversas constam abusos físicos, emocionais, sexuais, negligência física e emocional, experiências de exposição a violência doméstica, abuso de substâncias e doença mental ou suicídio.

Actualmente a obesidade mórbida afecta cerca de 300 mil portugueses e a solução mais procurada para este problema é a colocação de uma banda gástrica, porém não deve ser tomada como medida única.

A psicóloga Ângela Maia, investigadora nas áreas da depressão e do trauma, ao acompanhar a trajectória de vida dos indivíduos com histórias de abuso, concluiu que “comer dá imenso jeito para resolver questões mal resolvidas”.

Sendo assim, uma vez que a ingestão compulsiva de alimentos ocorre em períodos de maior ansiedade, o indivíduo com a banda gástrica não vai conseguir comer de forma a ver atenuada a sua angústia. Esta investigadora receia que estes indivíduos fiquem pior depois da colocação da banda gástrica sem acompanhamento psicológico. Esse acompanhamento é essencial antes, durante e após a colocação de uma banda gástrica contra obesidade mórbida, visto que uma das causas para esta doença pode ser de foro psicológico.

Será que o número de refeições que fazemos afecta a nossa saúde?

É já parte do senso comum que devemos fazer pelo menos três refeições por dia. Mas quais as consequências de não cumprirmos esta regra básica que faz parte dos nossos costumes e do nosso quotidiano?

Um estudo efectuado por cientistas de organizações governamentais americanas (Agricultural Research Service e National Institute on Aging), demonstra quais as possíveis consequências de se efectuar apenas uma grande refeição, em vez de três refeições por dia.

Neste estudo participaram alguns voluntários que foram sujeitos a dois tipos de dieta: uma delas incluia uma grande refeição por dia e a outra três refeições por dia, tendo cada uma delas durado oito semanas.

Depois de analisarem os resultados, os investigadores verificaram que durante a dieta que continha uma refeição diária, os indivíduos apresentavam uma subida significativa do colesterol e pressão sanguínea. Curiosamente, verificaram ainda que apesar do aumento do risco de doença cardiovascular, estes indivíduos apresentaram também uma ligeira redução do peso e de massa gorda durante esta dieta.

Análises posteriores mostraram que em comparação com o período em que estavam sujeitos a uma dieta de três refeições diárias, durante a dieta de apenas uma refeição, os indivíduos apresentavam índices de glicemia mais elevados e mais prolongados, para além de uma resposta mais tardia à insulina (responsável pala remoção do açúcar do sangue), o que corresponde a um aumento do risco de diabetes.

Mais vale não saltar as refeições, não?